Políticas


Os Países Baixos têm sido uma monarquia constitucional desde 1815 e uma democracia parlamentar desde 1848. A política e governança neerlandesas são caracterizadas pelo esforço em alcançar um amplo consenso sobre questões importantes dentro tanto da comunidade política quanto da sociedade como um todo. Em 2008, a revista The Economist classificou os Países Baixos como o quarto país mais democrático do mundo.
O monarca é o chefe de Estado. O cargo é, atualmente, ocupado pela rainha Beatriz. Constitucionalmente, a posição é equipada com poderes políticos limitados. O monarca pode exercer alguma influência durante a formação de um novo gabinete, onde serve como árbitro neutro entre os partidos políticos. Além disso, o rei tem o direito de ser informado e consultado. Dependendo da personalidade e das qualidades do rei e dos ministros, o rei pode ter influência além do poder concedido pela Constituição.
Na prática, o poder executivo é formado pelo Conselho de Ministros dos Países Baixos. O gabinete é composto geralmente por 13-16 ministros e um número variável de secretários de Estado. Um a três ministros são ministros sem pasta. O chefe de governo é o primeiro-ministro dos Países Baixos, que muitas vezes é o líder do maior partido da coalizão. Na verdade, esse tem sido sempre o caso desde 1973. O primeiro-ministro é um primus inter pares, ou seja, ele não tem poderes explícitos além dos dos outros ministros. Atualmente, o primeiro-ministro é Mark Rutte.
Embora historicamente a política externa neerlandesa tenha sido caracterizada pela neutralidade, desde a Segunda Guerra Mundial, os Países Baixos tornaram-se membros de um grande número de organizações internacionais, sendo as principais a OTAN, a ONU e a UE.
Os Países Baixos têm uma longa tradição de tolerância social. No século XVIII, mesmo com a Igreja Reformada Holandesa sendo a religião oficial do estado, o Catolicismo e o Judaísmo eram tolerados. No final do século XIX, essa tradição neerlandesa de tolerância religiosa foi transformada em um sistema de pilarização, em que os grupos religiosos coexistiam separadamente e apenas interagiam a nível de governo. Essa tradição de tolerância está ligada a políticas sobre drogas recreacionais, prostituição, direitos LGBT, eutanásia e aborto, que estão entre as mais liberais do mundo.